Sexta, 22 de Agosto
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| Último dia de Pedal |
Levantei cedo tomei banho e logo juntei as coisas para pôr na bike e aguardar o café. Mais uma vez acordei antes da hora, talvez por estar bem descansado e também eufórico por estar no último dia de viagem.
A sensação de dever cumprido, o cansaço acumulado, a saudade da família e vontade de chegar em casa já tomava conta de mim... mas agora, vamos ao café que já estava morrendo de fome.
Miura desceu com seus alforges e também faminto.
Confesso que pela instalação da pousada, não esperava um café maravilhoso...fui surpreendido. Um café digno nos foi servido com diversos pães, sucos, frios, biscoitos e frutas.
Comemos bem e preparamos lanches para a jornada que enfrentaríamos, um total de 55km onde 30km era serra de Cunha e depois 25km de uma deliciosa descida até Paraty.
Saímos de Cunha descendo e logo começaríamos a subir novamente uma ladeira de asfalto que logo se converteria em chão batido com sua coloração avermelhada.
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| Miura começando a subir |
Muita subida e já imaginava o porque decidimos parar tão cedo em Cunha, pois poderíamos ter seguido mais adiante e matar pelo menos uns 10km dessa serra.
Apesar de dura em alguns pontos, ela nos forneceu paisagens belíssimas que não imaginava ver na porção Paulistana da ER, como o Balneário do Pimenta.
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| Cachoeira do Pimenta |
Por alguns momentos nós nos perguntávamos de como esses lugares não estão entre os mais cotados na lista de turismo... vai saber.
Durante nossa escalada, fomos registrando diversas pousadas, hotéis-fazenda e pensões distribuídos pela serra.
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| Magnífica visão |
Em poucos quilômetros, deixamos a estrada de chão e voltamos para a rodovia Cunha-Paraty (SP-171). Uma empolgação tomou conta de mim e disse ao Miura que daria uma esticada nas pernas e acelerei o passo do pedal e tomei a dianteira até o fim da primeira parte da subida onde o aguardei.
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| a estrada |
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| eu na estrada |
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| Meta do dia |
Na placa tão desejada pelos ciclistas aguardei a chegada do parceiro de viagem
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| Vamos descer, mas só que não... |
Descemos um tanto e mais a frente subiríamos um outro tantão seguido de outro até que chegamos na cachoeira
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| refresco na estrada serra acima |
A partir deste ponto já sabia que faltava tão pouco para começar a descida, logo o Miura chegou e nós fizemos nosso lanche, bebemos água fresca e partimos novamente.
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| feliz |
Puxei novamente a dianteira, mas desta vez só parei na divisa SP/RJ.
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| vamos descer |
A partir deste ponto a descida começou e a viagem chegava ao fim
Do Mirante avistamos Paraty
Paramos num boteco na serra onde comemos um maravilhoso peixe a moda caiçara, logo lembrei da minha tia que viveu por essas bandas...
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| Chegamos |
Terminamos a descida, fomos direto para o último Marco da Estrada Real no Centro Histórico de Paraty para registrar nossa façanha e corremos para rodoviária comprar as passagens para o Rio.
Na rodoviária, não encontramos passagens para voltar para o Rio, o que foi surpresa, pois chegamos no meio do Festival da Cachaça e não tinha passagem para sair da cidade. Então a única saída foi correr atrás de uma pousada. No caminho da rodoviária eu vi uma pousada com anuncio de vagas, e partimos direto pra lá.
Hospedados, tomamos um banho vestimos traje de gala e fomos comemorar em alto estilo: Cervejas seguido de um maravilhoso jantar e cama, pois estávamos mortos de cansaço.
E assim acabou nossa jornada.
Agradeço a Deus, aos nossos Familiares que nos proporcionaram nossa viagem, ao Miura que mais uma vez aguentou minhas manias e aos amigos que deram força mesmo de longe.
A percepção adquirida durante uma viagem não tem preço. O ponto de vista muda.
Mais uma vez me vi encantado com a simplicidade das pessoas do interior, estejam elas em Minas, São Paulo ou Rio. O respeito pelo próximo e a alegria de servir bem independente de quem é ou de onde vêm...valores perdidos nos centros urbanos...
Agora que terminei o relato, considero a viagem terminada...
Até
29,8 °C
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