domingo, 23 de junho de 2013

...que venha Julho!!

Preparativos para mais um período de férias, velhos planos novas iniciativas!

Será que conseguirei utilizar TODO o equipamento que tenho nesses dias de 'descanso'??

FASE 1 -  Diamandina x O. Preto
Kona - Pronta para os estradões de chão e desnivelados de Minas
FASE 2 - Ciclotour (teste acampamento)
Cannondale H400 - Com material completo de camping com 100% de autonomia
Julho, promete bons relatos...

Até

VOLTA DO SANA (08/06/2013)


Começo este post com uma bela foto deste maravilhoso lugar, Sana, o paraíso das águas!

"Na Serra da Macaé, entre os municípios de Nova Friburgo, Casimiro de Abreu e Trajano de Moraes, em altitudes que variam entre 300 e 500m, que lhe confere um clima agradável durante todo o ano, com temperaturas entre 18°C e 24ºC na maior parte do ano e calor bem distribuído o ano inteiro, no inverno, a temperatura varia de 10ºC à 18ºC, está o Sana, 6º Distrito de Macaé. 

Estrategicamente situado dentro do mapa do Estado do Rio, fica próximo do Rio de Janeiro, Niterói, Macaé, Campos dos Goytacazes, Casimiro de Abreu e toda a Região dos Lagos, há menos de 2 horas, onde Casimiro de Abreu equivale à principal porta de entrada, distando apenas a 25 km dali, pela estrada Serra Mar (RJ-142), já asfaltada." (Fonte:http://www.portaldosana.com.br/)


Para este ano quando escolhi a data para repetir este passeio, decidi escolher um caminho mais alternativo, off-road ou na linguagem específica, mais XC possível. 

Olhando o Google Earth com o pouco do conhecimento do local, fui traçando a rota e dando o formato desejado, com menos asfalto possível, por trilhas e sem o volume de veículos.

Data e rota definidos, os amigos bikers foram dando o tempero final alguns 'caindo' do pedal no decorrer da semana e outros querendo participar. Marcamos de sair as 5h da manhã rumo à Casimiro de Abreu,

Indo para o ponto de encontro
Após um probleminha que tive ao sair de casa, peguei a estrada com alguns preciosos minutos de atraso, para encontrar com a dupla, Mr. Krébis (vulgo Cléber Lúcio)  e o 'Que isso novinho' (vulgo Vinícius) para partirmos  freneticamente para Casimiro de Abreu.
Chuva ou Sol - indefinido
Ainda muito cedo, não sabia se teríamos sol ou chuva para o pedal, mas chegando em Casimiro, o Astro Rei brilhou para saudar nossa chegada
o Sol
Estacionamos os carros, tomamos um belo café da manhã com sucos e sanduíches, arrumamos nossas coisas e partimos.

Este pedal foi inaugural da utilização do modo de percurso, onde é inserido determinado caminho e o dispositivo te indica exatamente o percurso marcado.

Todo listo partimos
Início de pedal, felicidade aparente
Como havia informado nos e-mails informativos trocados, esse pedal seria 85% de estrada de chão...depois de alguns quilômetros nessa estradinha agradável, no final da primeira descida veio a troca de piso. Sai asfalto e movimento de carros, entra estrada de chão e sons de rios, túneis de árvores e ar puro!

troca de piso - MTB é o mais indicado
A partir deste ponto, visual do rio e paradas para fotos fica cada vez mais intensa.

Passagens por riachos subidões e alguns pontos de lama eram constantes. Mr. Krébis, puro sangue speedeiro, foi com sua bike híbrida com pneus lisos... ficou tenso com o tipo de terreno no início, mas com o tempo foi se acostumando... Vinícius e eu aproveitamos pra semear a semente do MTB dizendo que ele deveria comprar uma bike própria para pedais para esse tipo.


Kona - A recomendada para XC
e visual sempre mudava mas com os mesmos componentes, rio, verde e trilha

Kona, uma igreja..uma foto

Um  sobe desce sem fim, serpenteando pelos caminhos até o Sana num ótimo dia de sol, depois de uma semana estressante. 

Confesso que o ritmo estava bem mais forte do que o ano anterior, mesmo estando em trilha. Apesar de subir mais lentamente que os camaradas, na descida era insano...botando pra baixo sempre e compensando a lentidão que acumulava na subida...

E sempre consultando o GARMIN pra ver se o caminho estava correto.
Garmin  - roteiro programado
Ainda eram 11h quando chegamos no Sana, giramos mais calmamente até o centrinho onde fizemos um lanche, pois era muito cedo pra almoçar.




Após o lanche, partimos rumo a Barra do Sana, onde pegaríamos o caminho de volta, rumo à Rio das Ostras... mas até lá, uma subida seria o divisor de águas...


Depois desta bem dita subida, descemos rumo a estrada Boa Felicidade, que nos levaria ao distrito de mesmo nome. 


O sobe desce seria mais intensos mas com a altimetria mais favorável, afinal, estávamos retornando ao nível do mar.


se mostrando
Hora da Kona beber água
momento refresco
Ainda eram 14h e o Vinicius estava com receio de pedalar no escurinho. Tecnicamente, com a metade do percurso concluído e com a altimetria a favor expliquei que não havia a menor possibilidade de chegarmos a noite nos carros...ainda arrisquei um horário (17h chegaremos...)


Sobe, desce e fotos... 



assim foi nosso passa tempo do agradável pedal, até que uma maldita porteira fechada prejudicou nosso planejamento salvo no garmin. Após algumas informações obtidas nas fazendas ou quando alguém passava, conseguimos chegar rodovia que liga RJ a Campos, bem no acesso a Rio das Ostras. 

Deste ponto, seria retornar 15km sentido Casimiro e fim de pedal.

Já com o sentimento/sensação de pedal acabado, fomos pedalando rápido a 30km/h até o ponto de chegada/partida.

A acabouuu!!!

Bikes nos carros, nos despedimos e casa...e a hora?? Quase 16h.

E assim foi mais um passeio (que mais pareceu um treino de XCM)

Veja todas as fotos AQUI


Garmin VOLTA DO SANA - XCM por cesarhpaula no Garmin Connect - Leitor

Até.








domingo, 2 de junho de 2013

Próximo Passeio: Sana 2013

Pedal quando é bom ele sofre um repeteco.

Dia 8 de Junho, data do repeteco Sana, mas com um trajeto ainda desconhecido...

E como rolou esse pedal ano passado? Confira aqui

até

PASSEIO - SERRA DO PILOTO - SÃO JOÃO MARCOS (25/05/2013)

Como começar um relato de um passeio surpreendente... (e meu filho diz -simples, do começo! - enquanto jogava no celular) e assim será.

Após anos, sempre tive vontade de passar com a galera de bike por esse lugar espetacular, onde o roteiro seria sair de Mangaratiba sentido Rio Claro, mas com alguns pontos de interesses como, Cachoeiras da APA do Cunhambebe, Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos e Rio Claro.

A Serra do Piloto (Estrada Imperial) é o paraíso para o ecoturismo.  O município de São João Marcos teve um importante papel ao longo do século XIX, sendo entreposto comercial do café e escravos, e, tendo o porto de Mangaratiba o ponto de escoamento da produção cafeeira do Vale do Paraíba. Era através da Serra do Piloto, descendo pela estrada São João Marcos (antiga estrada Imperial) até o litoral, que se embarcava a carga de café e desembarcavam os escravos. Desta época restaram prédios e construções de linhas arquitetônicas simples, típicas do período colonial. Pontes e ruínas merecem ser apreciadas, ao longo de 40 km de extensão (Mangaratiba x Rio Claro). A estrada Imperial oferece belíssimas vistas para a Baia de Mangaratiba.

Saímos ainda de madrugada de Niterói, Tiko - vulgo Thiago -  e eu para aguardar os 'pedalers' Adriana e Marcelo, na Av. Brasil.
As Konas em seus puleiros.
Logo, o com o grupo completo, fomos ganhando a estrada, ainda de carro...
Cadê a chuva?
Durante o decorrer da semana, acompanhamos os informes meteorológicos que indicavam o prolongamento do tempo ruim para o fim de semana...que por sorte, erraram feio. Uma bela lua durante a madrugada, que, dava lugar a um brilhante sol, dando mais forma e alegria à paisagem que surgia a nossa frente. Era impossível conter a sensação de que seria um ótimo dia de pedal, mesmo que no dia anterior havíamos decidido a pedalar mesmo que chovesse!


Eu, Marcelo, Adriana e Tiko
Todos prontos no ponto de partida, registramos e partimos estrada acima, e, antes que começasse a subida, já encontramos um ponto para foto.
Ruina do Antigo Teatro
Seguimos pela estrada que foi recém asfaltada e (ainda) encontra-se em ótimo estado. Estradinha bucólica, com visual sem comparação.




Serpenteando, a cada curva um tema pra foto, um vale com fazenda, cachoeira ou apenas nós e a estrada já era um bom motivo para fotos.


Mirante - Mangaratiba ao fundo
Logo, alcançamos o Mirante da Serra do Piloto, que fica a aproximadamente 6km do nosso ponto de partida.

Interessante que, neste ponto, mantiveram a estrada Imperial original, ou seja, muita pedra, como em toda cidade do período colonial. Assim como esse trecho, mais dois trechos foram mantidos com essas mesmas características, o da Cachoeira e do bebedouro dos cavalos.
Tiko, ilustrando a serventia do bebedouro
a cachoeira
A estrada no formato original...depois só asfalto
Mais alguns quilômetros acima, chegamos na entrada de mais um ponto de interesse, APA de Cunhambebe

Saímos da estrada principal e acessamos a via transversal e chegamos em mais uma área rural da região,  com bela paisagem, calmaria total e nostalgia de interior. Muito bem aceito por aqueles que gostam de fugir da correria do dia-a-dia.
Tem alguém estressado??
O chão ainda úmido, mostra a semana chuvosa que tivemos no Rio, mas o céu estava com nuvens e em alguns momentos parecia que iria chover.
Clima agradável favoreceu o passeio
Felicidade
Até o momento estava tudo perfeito, muita subida estrada de terra, lama e...local para banho!
Represa, ótima descoberta
Voltamos até a estrada principal, onde continuamos nosso trajeto. Estrada com pouco movimento de carros, as vezes até esquecíamos de atentar aos veículos e utilizávamos toda a extensão da via.
cuidado com o carro, que carro?
O sol, brilhava mas sem castigar e a temperatura na medida que subíamos caía sensivelmente
Sobre
Em um determinado momento, virou um sobe e desce até chegarmos no que foi a cidade de São João Marcos, hoje é mantido como Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos¹.
Acesso do Parque de São João Marcos
Após o portal, o acesso de 2km em declive com bastante barro e lama até o memorial do local deu uma pitada a mais nos pedalers que ainda estavam limpinhos.
Chegamos ao Centro de Memória, onde acontecia um evento de Folia de Reis, para alunos de escola pública, no intuito de manter a tradição.

Fomos abordados pelo Sr. Zeca, responsável pelo lugar, que nos contou da história local, nos ofereceu um banquete e deixou que entrássemos de bike no sitio arqueológico.

Centro de Memória
como era a cidade
banquete
pelas ruínas
outro ponto do que foi a praça principal
indo para a parte inundada
parte da cidade inundada
O que perdemos em tempo, ganhamos em conhecimento e não continuamos a subir sentido a Rio Claro, e definimos São João Marcos como fim do nosso pedal.

Retornamos para o ponto de partida.


Todas as fotos aqui

Informações adicionais
http://www.saojoaomarcos.com.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Jo%C3%A3o_Marcos
http://www.youtube.com/watch?v=jKGLq8nM8Hc

(¹) A história de São João Marcos começa como a de tantas outras cidades coloniais interioranas no Brasil: uma fazenda de penetração bandeirante às margens de uma das vias de interiorização da malha viária que começava a se desenhar entre o litoral, São Paulo e Minas Gerais. 

A cidade cresce e desempenha importante papel na produção cafeeira e no comércio de escravos, em ambas as frentes tendo papel expressivo a família Breves, proprietária de algumas fazendas (São Joaquim da Grama, por exemplo) que ainda existem na região. 

A população de São João Marcos atinge, em seu auge, no final do século XIX, cerca de 18.000 a 20.000 habitantes, e chega a ser dotada de estrutura urbana de razoável expressão: prefeitura, cadeia, hospital, igreja, colégios, teatro, clubes associativos e esportivos.  

São João Marcos, a Ponte Bela na Estrada Imperial e a capela da Fazenda da Grama foram tombadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural - Inepac, em 1990.