terça-feira, 30 de junho de 2009

Decidido a ser cicloturista! Manual Informal de Cicloturismo

Cicloturismo é a melhor e mais tranqüila face de todas as opções oferecidas pela bicicleta. Pode ser um curto pedalar pela estradinha calma que liga o campo à cidade, ou uma longa e difícil viagem detalhadamente planejada, sempre representa um prazer especial. 

O ciclista se encontra com cores, formas, cheiros, sons, natureza, detalhes e mais detalhes da paisagem. A bicicleta permite que o ambiente seja vivenciado. Já, na velocidade de qualquer veículo motorizado tudo vai passando, ficando para trás. 

Não é necessário ser um ciclista experiente para fazer cicloturismo. Qualquer um pode fazê-lo. Basta ir com calma, respeitar os próprios limites, beber água e alimentar-se na hora certa e assim vencer pouco a pouco a distância.
 
No cicloturismo há sempre uma sensação de aventura, retorno à infância, mistura de liberdade e molecagem sadia. É um escapar da mesmice. Bicicletas são simples e revelam que a vida pode ser muito simples. Permitem uma viagem relativamente rápida e ainda assim relaxada; e a um preço muito, muito baixo. 
 E os problemas? Cansou? Quer voltar? Pegue uma carona ou enfia a bicicleta num ônibus. Quebrou a bicicleta? É fácil encontrar quem conserte bicicletas. Onde você vai dormir não tem garagem? Enfia a bicicleta dentro do quarto. 

Há regras e limites, como para tudo. No cicloturismo é respeitar Leis de trânsito e meio ambiente, além e principalmente, respeitar as regras do bom senso e da boa convivência. Enfim, no cicloturismo até os problemas são simples de resolver.
 
Manual Informal de Cicloturismo
(Thaís, Mulher de Ciclos)

1. Cuidado com ferramentas multiuso. Algumas ferramentas devem ser individuais. A chave de raios e a chave de corrente são exemplos.
2. Estude a história, a geografia e a cultura do lugar. Os locais vão apreciar e portas vão se abrir.
3. Óculos transparentes de noite e/ou chuva e óculos escuros sob o sol. Sempre. Olhos cansados significa problemas.
4. Equipamentos obrigatórios: boné [sic], manguitos e pernitos. Pedale com manga longa e pernas cobertas. Bermudas e camisetas em longos pedais, não.
5. Treine para o pedal. Pedale em condições similares, monte a barraca na sala, durma nela e acorde na hora.
6. Faça um teste, um piloto. Isso é obrigatório. Para um pedal de 20 dias, faça um de 3 antes, para testar barraca, alimentação, fogareiro, cartões e timing.
7. Um mês antes do pedal, pelo menos, comece a seguir uma dieta baseado naquilo que você vai comer ao longo do percurso.
8. Não beba água de fontes naturais se você não tem o know-how. Água límpida não é igual a água pura: pode conter viroses e/ou agrotóxicos. Água é de garrafinhas, salvo informações precisas.
9. Não invente. Só faça, coma ou beba o que está acostumado. Aquela comidinha diferente da cidade não é para você. Fotografe.
10. Não se faça de coitado e nem se faça de herói. Não faça piadinhas.NUNCA use gírias ou formas de expressão da sua cidade. Use português limpo. O que é normal para você pode ser mal interpretado por outros.
11. Verifique as vacinas. Tome todas. Leve consigo um kit médico básico. Se machucar e infecionar, ABORTE o pedal. Inchou, fez pus, deu tonturas, febre, diarréia. ABORTE.
12. Se precisar de ajuda em uma fazenda ou casebre, não vá invadindo. Bata palmas, se anuncie e se apresente. Peça permissão para entrar. NUNCA, NUNCA invada um sítio. Negocie. Sempre vão te receber bem após o contato, mas não o contrário.
13. Se precisar fazer uma manutenção demorada na bike em trechos ermos, procure um lugar em que ninguém veja você, saia da estrada.
14. Garotas pedalando sozinhas, cuidado. Não dê muito papo em trechos ermos, nem pare em botecos isolados.
15. Toda bike, mesmo as bonitonas, indagado do preço, diga que foi presente dos pais, que não sabe, mas deve valer uns 500 reais, não mais.
16. Sempre vão indagar a respeito do pedal: seja simpático, mas evite informações detalhadas em relação a direção e horário do trajeto.
17. Nas cidades, se não conseguir uma pousada, tente dormir na área da polícia ou posto de gasolina, com banheiro e segurança.
18. Ao dormir retire o selim e a roda dianteira, se necessário, e leve para a barraca.
19. Isso é importante: Sempre passe um cadeado nos alforges e na bike. Não interessa a simpatia do lugar nem o tempo parado. Cadeado é para evitar alguem remexer ou carregar a bike por curto período. Sempre faça isso religiosamente. Apeou, trancou.
20. Largou a bike, retire a sacola estanque e carregue com você: passaporte, RG, dinheiro, máquinas. Se roubarem os alforges, você tem plano B.
21. Leve dois cartões, um de cada bandeira, se possível. Baixe os limites se necessário, você sempre pode elevar com um telefonema.
22. Leve um saco estanque para guardar coisas sensíveis. Leve cópia autenticadas dos teus documentos.
23. Independente do sistema de alforges, tudo deve estar ensacado, separado por função. Puxou o saco, veio a solução inteira.
24. Leve uma gaita com você, eita coisa boa. Não sabe tocar? Não importa!
25. Ao chegar aos destinos, cuide de seu equipamento, ele é tão seu parceiro quanto sua companhia e sua cabeça.
26. Leve fotos e gravações dos seus. Ouça a noite antes de dormir, isso é tão bom!
27. Chore quando quiser, ria sempre, resmungue… abra as portas. Você voltará algo melhor. Seja humilde.
28. Em grupo ou sozinho, interaja com o povo. Esse é um dos maiores prazeres do pedal.
29. Tire fotos, tome banhos, divirta-se, não se apegue aos destinos. Se você pedalou 10Km e o lugar lhe emocionou, esse é o lugar para ficar.
30. Se estiver cansado e precisar alcançar um destino, não pare, pedale mais lentamente, é melhor.
31. Não pedale sob sol quente. Não pedale após as 17hs. O trecho cicloturístico é algo em torno de 40 a 70Km mais é bobagem. Não pedale com fome ou com sede. Pare e prepare um rango. Passar sofrimento vai levar teu organismo a um estado de emergência. E os dias subsequentes receberão a conta. Faça massagens ao anoitecer. Leve óleos ou cânfora.
32. Aprenda pelo menos a regular um câmbio, trocar pneus, substituir raios e emendar correntes. Você vai ser mais feliz assim. E é algo fácil.
33. Não discuta nunca. Ouça. Tanto faz. Em longas distâncias, é só gasto emocional.
34. Sempre carregue com você um kit de alimentação de emergência, leve, durável e energético para ser usado caso algo falhe.
35. Sob qualquer situação, mantenha o bom humor. Em grupo você descobrirá sobre sí e sobre os outros facetas que não sabia existirem.
36. Prepare-se para assaduras, incômodos, problemas digestivos e mudanças de humor. A cabeça é quem de fato pedala. O corpo segue a cabeça.
37. Lembre-se: vários dias de pedal não são a soma de um pedal de um dia. É outra coisa completamente diferente.
38. Leve peças que você sabe não vai encontrar ao longo: gancheiras, aranha, raios, elos de corrente, pastilhas de freio, ferramentas, um pneu.
39. Mantenha seus amigos informados e uma central de operações para cuidar do resgate. Tenha em mãos, em PAPEL, telefones e mapas.
40. Ponha no mapa. Ache os postos de gasolina, a polícia e os bombeiros. Descubra se a cidade tem albergues, se tem pavilhões de festa.
E não se esqueça: em pedais de longa distância, logística é tudo. Comece contando com os problemas, se começar assim vai ser só festa! 

Escolha a sua forma de cicloturismo e divirta-se. 

Se quiser alguém pra acompanhar, me chama!




quinta-feira, 25 de junho de 2009

Serra do Vulcão 20/Jun

Cansado de pedalar sozinho e ainda querendo constatar minha especialização de "pedalada" senti a necessidade de experimentar outros estilos de andar de bike, pois sentia que mais cedo ou mais tarde, compraria mais (lê-se melhores) equipamentos, então para não gastar dinheiro em vão, precisaria saber qual especialidade me satisfaria mais.


No fórum do site do Pedal, entrei no córum de MTB - Cross Country, da galera que curte trilhas, e ví um tópico "onde pedalar" e dei meus pitacos e comecei a escalar a galera pra fazer um pedal no Morro do Vulcão, em Nova Iguaçú.

Um pouco do Local:
A serra do Vulcão localiza-se na borda norte-nordeste do maciço do Mendanha (Gericinó). Está a 885 metros acima do nível do mar e, portanto, é favorável para vôo livre de asa delta.
A serra do Vulcão é freqüentemente confundida com o chamado "Vulcão de Nova Iguaçu", embora se trate de localidades diferentes, afastados em 3,7 quilômetros. Apesar do nome, a rocha constituinte da serra não é de origem vulcânica, mas sim, traquito de caráter intrusivo. A idade de intrusão é de 59 milhões de anos.



Subi esse morro algumas vezes, andando, e essa seria a primeira de bike. Algumas pessoas se disseram inclinadas à participar do encontro mas quem não foi, cada um com seu motivo,  perdeu.

Bom nos encontramos E. Corredeira, E. Guilhon e seu Amigo e Eu. 

Naquela manhã o sol já dava sinais de que iria maltratar quem estivesse sob ele, tanto que ao invés de fazer os míseros 10km pedalando fui de carro!

 Foto pra mostrar a animação
    
Após subir muito paramos para uma foto e descanso, subida íngreme e calor de matar.
 
 La Mula - apelidada assim após o passeio de Ilha Grande


Vantagem de ter a máquina acoplada no guidon


Sobindo:pedala, empurra e ao menor vestígio de sombra pára, hidrata e carboidrato
  
 Muita árvore mas todas longe da trilha
   

Era sempre pensando"após a próxima curva, a gente entra na mata fechada e o clima melhora"
  
Após a curva sempre havia mais SOLLLLL
Tá bom, haviam algumas sombrinhas em alguns trechos
   
o piso também não ajudava muito

 
A essa altura já estava convensido que que esse estilo de pedal não era o meu.

  
  Mas também não fui tão crítico pois até para os mais acostumados a subida estava osso!
  
Autoretrato

Subindo e olhando pra trás, cansa mas o visual é sempre gratificante

Enfim, a parte coberta da floresta, notem como olhando daqui 'de fora' ela parece até um túnel

  
Entrando e a sensação termal vai melhorando cada vez mais

  
em determinados pontos, sem flash fica quase impossível sair na foto

  
Opa! choveu durante a semana e a trilha desbarrancou!

  
mas dá pra passar e seguir morro acima

  

 pensamento no momento "isso aqui na volta será muito bom" saca a descida


 Bom, vamos olhar para cima, que é pra lá que estamos indo!













 Preciso pegar o restante das fotos pq só escrever sem visual não é legal!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Efeitos fisiológicos da prática de exercícios

Muito se propaga a respeito dos benefícios das atividades aeróbicas como a corrida, a natação e o ciclismo, entre outras. O que pouca gente sabe é o porquê dessas atividades oferecerem tais benefícios.
Segundo Dantas (2003), o exercício físico realizado com objetivo de treinamento generalizado tem efeito sobre quase todos os grandes sistemas do organismo, mas é sobre os sistemas cardiocirculatório e respiratório que incidirão os efeitos melhor observáveis no que tange ao condicionamento orgânico. Portanto, de acordo com Powers & Howley (2000), citados por Marins & Giannichi (2003), "o adequado funcionamento do sistema cardiorrespiratório está associado diretamente à melhora da qualidade de vida".
A prática regular de atividades aeróbicas "irá acarretar uma série de adaptações em diversos níveis no organismo" (DANTAS, 2003), desde que seja realizado, conforme recomendam Marins & Giannichi (2003) de maneira a estimular grandes massas musculares, durante longo período de tempo. O que pode ser proporcionado pelo ciclismo.
As principais alterações fisiológicas proporcionadas pela prática de atividades cíclicas, como o ciclismo, podem ser observadas diretamente ou com o auxílio de exames específicos.
> Aumento de aproximadamente 80% no conteúdo de mioglobina nas fibras musculares, acarretando um melhor aproveitamento das reservas de glicogênio muscular.
> Como a principal fonte energética do sistema aeróbico é a gordura, ela tem seu aproveitamento enormemente aumentado, visto que "as gorduras só podem ser utilizadas no ciclo energético através do sistema aeróbico" (DANTAS, 2003). Portanto o percentual de gordura e o peso total são reduzidos quando os exercícios são acompanhados de controle alimentar.
O consumo calórico previsto para o ciclismo, considerando um indivíduo de 70 kg, pedalando a uma velocidade de 18 km/h é de 7 a 8 kcal/min, perfazendo um total de 420 a 480 kcal durante uma hora de exercício. Mas alertamos que estes valores são estimados, pois muitas variáveis influenciam no gasto calórico como, por exemplo, a eficiência motora da pedalada, o tipo de terreno, vento, combinação de marchas, idade, sexo etc.
> Havendo uma preponderância da atividade aeróbica, haverá um aumento do ventrículo esquerdo do coração, provocando um aumento do volume cardíaco acompanhado de uma maior densidade capilar. Além disso, provocará um aumento do volume de ejeção sanguínea, portanto "o aumento do volume de ejeção ou volume sistólico permite uma redução da frequência cardíaca de repouso." (DANTAS, 2003).
> Aumento do VO2máx, que é um parâmetro fisiológico que representa a "quantidade de O2 que um indivíduo consegue captar do ar alveolar, transportar aos tecidos pelo sistema cardiovascular e utilizar a nível celular na unidade de tempo." (LEITE, 1986), citado por Marins & Giannichi (2003). Em outras palavras, quanto maior for o seu VO2máx maior será a sua capacidade de realizar exercícios de longa duração, como uma maratona, por exemplo.
> Os níveis de colesterol e triglicérides são reduzidos. Observa-se uma violenta redução do perigoso LDL e aumento do "bom colesterol", o HDL, diminuindo o risco de coronariopatia.
> Provocam uma maior adaptação do organismo a temperaturas elevadas e uma capacidade de dissipação de calor mais rápida e fácil.
> Diminuição da viscosidade sanguínea.
> Aumento do número de linfócitos, responsáveis pela formação de anticorpos.
O American College Sport Medicine (ACSM) preconiza uma frequência para a prática de atividades físicas de 5 vezes por semana para que se obtenha um resultado satisfatório tirando, assim, o máximo proveito dos benefícios oferecidos pelo exercício, no entanto Marins & Giannichi (2003) recomendam que os iniciantes comecem com 2 vezes por semana e aumentem gradativamente, de acordo com as respostas físicas obtidas. Eles também alertam que uma frequência maior que 5 vezes por semana melhora o rendimento de forma desprezível e, por outro lado, aumenta significativamente o risco de lesões.
Quanto à intensidade, esta dependerá, segundo Marins & Giannichi (2003), diretamente do nível inicial do praticante, dos seus objetivos, idade e sexo. Mas, alguns fatores devem ser observados com relação à intensidade dos exercícios:
a) Intensidade maior aumenta o risco cardiovascular e de lesões ortopédicas.
b) Maiores intensidades estão associadas a menor adesão pelo desconforto físico gerado durante e depois do exercício. Lembra-se daquele amigo, novato, que você levou para uma pedalada e o garoto não aguentou o sacode? Sumiu, né?
c) Caso não vise competições a atividade deve ser de intensidade moderada e de maior duração.
d) O consumo de alguns medicamentos poderá alterar a frequência cardíaca.

Bom, agora saia da frente deste computador e vá pedalar.

Um abraço.

REFERÊNCIAS

MARINS, João C. Bouzas; GIANNICHI, Ronaldo S. Avaliação e Prescrição de Atividade Física: guia prático. 3ª ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

DANTAS, Estélio M. A prática da preparação física. 5ª ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

PRESENTE CALOI Aspen Extra 21v 1990


Ganhei esta bike que estava parada em um estacionamento comercial da vida, abandonada, por sei lá quantos anos.

Lembro que do dia em que fui buscá-la, ela estava trancada por corrente (que se partiu ao toque) muito enferrujada, não daba pra ver a pintura e muito menos a marca, logo, peguei um pedaço de pano velho e passei no quadro e ví um pouco de sua pintura e marca uma Aspen Extra 21v de 1990 (veja o selo de validade de 20 anos no quadro).

Chegando em casa enchi os pneus, que estão cheios até hoje, dei um banho de disel e não lubrifiquei por falta de produto e tempo. 
No dia seguinte, fomos à Quinta da Boa Vista andar de bike e me surpreendi, apesar da aparência ela rodou muito bem, leve e ágil para andar.

O que pretendo fazer com ela:
- Colocar adaptadores AheadSet;
 
- Trocar os passadores por rapid fire mas manter o grupo original que está ótimo e posso dizer que era comparado ao Grupo Alívio na época.
 
  
- Trocar cabos e conduítes e revisar as sapatas de freio;
- Os pneus estão ótimos, novos e com pelinhos ainda, e

- Verificar o Mov. Central que está com uma ligeira folga, é retirar e ver o estado atual que deve ser o melhor possível.

 Vale como registro de nascimento (VALIDADE ATÉ 2010)










Minha Velhota aí, conforme for modificando, vou postando.