quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Estrada Real 2014 - Dia 12 - Passa Quatro x Guaratinguetá (Rocinha)

Qarta, 20 de Agosto

últimos dias de pedal
Mais um dia de pedal se iniciava e cada vez, menos distância faltava para completarmos nossa fantástica viagem.

Com mais da metade da ER realizada, praticamente já sentíamos o gosto de vitória e realização, mas ainda faltavam os quilômetros tidos como mais duros por muitos cicloviajantes.

Assim, partimos cedo logo após o café sentido Guaratinguetá. Cruzaríamos a fronteira dos Estados MG - SP. 

Encaramos a subida, entre vilarejos encravados na serra, ora em estrada asfaltada ora em estrada de chão, até que definitivamente passarmos o que seria o trecho mais duro do dia em altimetria e acessamos novamente  asfalto.
Posto Lanchonete Alto da Serra
Mais alguns quilômetros adiante deixaríamos Minas e suas maravilhosas estradas, povo hospitaleiro, saborosa comida... nada disso!
Sai Minas entra SP

De cara, atravessamos a rodovia e pegamos a ER no lado paulista, na passagem denominada Garganta do Embaú, por onde descemos uma alucinada trilha por pelo menos 6km. Miura estava na expectativa de passar pelo túnel, o qual  Anselmo havia comentado  no dia anterior, mas na euforia e atenção nas trilhas rápidas, cadê o Túnel???

Paramos para instalar a GoPro e filmar a longa descida...e que descida! 
Meta do dia a 49km
Saímos da estrada de terra de volta a rodovia que nos levou até uma estradinha asfaltada e calma de trânsito que nos conduziu até Cruzeiro, que passamos de passagem, estava cedo e sem fome não havia razão de perder tempo. Nossa meta seria Guaratinguetá.

Pedal que rendia, entre uma trilha e vilarejo, passamos por uma ponte que em Abril estava em construção, segundo relatos, mas na nossa vez ela estava lá, prontinha para nós, leke!
perspectiva da ponte
Passamos por Cachoeiras Paulista, Lorena e acessamos a estrada (infernal) de terra que nos injetaria em Guaratinguetá. Estrada estreita e com um tráfego intenso de caminhões de obras e coleta de lixo. 15km de estrada ruim com trafego infernal e cheiro ruim.

Logo pegamos novamente uma estradinha de asfalto, bem mais tranquila e gostosa de andar, o que me empolgou, mas como já era quase hora do almoço o Miura entrou no modo econômico e não quis forçar o pedal. 

Era cedo, a cidade de interesse já estava logo ali, então decidi não forçar e acompanha-lo em seu ritmo...as vezes dava uma esticada e reduzia... deixava com que ele subisse na frente e depois partia atrás, pura brincadeira!
pega o Zapa
Nos arredores de Guará n ão encontramos nada para comer. Nos dirigimos para o Centro, onde conseguimos um belo quilo para matar a fome. Durante o almoço, conversamos e o Miura se negava a ficar em qualquer hotel por ali na cidade grande. 
Nutricionista, pode?!
Sobremesa, merecida!
Cortamos a Cidade, após comermos como esfomeados, afim de encontrar alguma pousada já no pé da serra de Guará-Cunha. Ainda era 14h e tínhamos alguma energia para pedalar parte da Serra se necessário. Um local ao nos ver passar, nos parou para um papo rápido e  disse que fazia Guará-Cunha quando jovem. Perguntei sobra pousada e ele disse que só na Rocinha, o que seriam quase 16km serra acima, essa mesma Serra que pensávamos subir no dia seguinte, mas sem lugar para dormir não haveria dia seguinte...
Sem alternativa, fomos serra adiante, ora seguindo os marcos ora seguindo reto rodovia afora, pois o dia ia dando lugar à noite, e a cada informação extra solicitada só recebia resposta negativa relacionada a pouso. Ha esta altura, já esbravejava, pois a noite caía e o frio vinha junto. Cansado, imundo e louco por um banho, xingava o cara que havia dado a informação... mas faz parte, né?
Paradas para aliviar a tensão
Logo, fechamos a cansativa subida, após 90km de pedal e começamos a descer, eu na frente, adiantado pelo fato de meu pneu murchar insistentemente, encontrei com dois capiaus , a quem perguntei sobre pousada.  Logo eles apontaram um restaurante, que estava fechado mas com certa movimentação.
Churrascaria da Serra
Entramos no estacionamento do restaurante sob olhar amigável de um pastor alemão, até que veio um simpático senhor, que seria o proprietário do restaurante. Perguntamos se havia algum lugar...qualquer um mesmo, onde pudéssemos nos deitar e dormir por aquela noite. Prontamente ele disse que sim, pensei logo na cozinha, ou quem sabe debaixo da grande churrasqueira, junto aos sacos de carvão. Essa hora não queria luxo, um simples lugar tava de boa!

Chamou sua filha, tão simpática quanto seu pai, que nos disse que tinha dois chalés que ela costuma alugar. Perguntamos como funcionava, pois parecia que estava fechado e ela disse que sim, estava fechado, mas como haveria uma  festa de empresa no restaurante, eles estavam preparando o buffet. Para conseguir dormir por ali, só fazendo reserva pois eles não mantém o restaurante aberto nos dias de semana. Logo, ela nos deu o valor do pernoite e com o jantar incluído.

Ou seja, uma sorte do CA#$#@! Lugar aconchegante e um rodízio de primeira linha num dia seria pouco provável de conseguir um lugar para dormir.

Fomos para o aconchegante chalé de três quartos, tomamos banho e nos arrumamos para o jantar. Já no restaurante, pedi uma garrafa de vinho...que se dane, queria festejar aquele momento, e além disso, faltava menos de 100km para chegarmos em Paraty, pois adiantamos quase 30km nesse cansativo dia.

Vamos Comemorar!!!
um belo vinho...
...para uma bela refeição
Comemos até não aguentarmos, no fim pedimos uma sobremesa... eu um pudim Miura papaia.

Depois dessa orgia foi ir pra cama, eu ainda li algumas páginas de um livro que havia levado ao som dos amiguinhos sapos.
Até!

Dados do GPS AQUI
Distância:90,77 km
Tempo:9:47:07
Veloc. Média:9,3 km/h
Ganho de elevação:1.487 m
Calorias:2.931 C
Temperatura Méd.:25,6 °C

Todas as fotos AQUI





Tempo










Nenhum comentário:

Postar um comentário