domingo, 28 de julho de 2013

TERCEIRO.DIA - Itapanhoacanga x Santo Antonio do Norte (Tapera) x Córregos x Conceição do Mato Dentro




Assim como seriam todas as manhãs, acordamos arrumamos os alforjes e partimos para o café, vez ou outra, alguns ajustes nas bikes eram necessários e pronto!

Pousada do Bil, ajustes das bikes
Com um cansaço acumulado agravado pelo longo período de pedal do dia anterior, sair da pousada foi puxado. Abastecemos os cantis (termo de quem é velho) e lentamente, fui buscando casar a bunda no selim a cada metro do novo dia de pedal.
Saída de Itapanhoacanga
Assim, logo no primeiro quilômetro fomos presenteados com fortes subidas. Lentamente fomos ganhando terreno
Lá está Itapanhoacanga
Pela altimetria, seriam duas fortes subidas, mas não tínhamos noção do quanto e enquanto a verdade não aparecia, o negócio foi se contentar com  o que tinha.
sobe desce para descontrair um pouco
Sobe muito, desce pouco...sobe mais ainda e soube mais um pouco e assim foi...
sempre se conseguia ver para onde iria e por onde passaria
e fim do primeiro cume...
Solitário, pensava..paro e espero? sigo até o destino?? Mas sempre ficava admirando o visual até alguém chegar.
Um sapo que se escondia debaixo de uma pedra...vê?


Com a turma agrupada novamente, vamos seguir adiante, sentido ao segundo cume


Venci a segunda!
Kona com pneus CST Chicope, um trator
Miura, igualmente maravilhado com o visual
Deste ponto, o plano seria descer até Tapera, três sequências de descidas insanas

Descidas que fizeram o freio traseiro da Caloi 20 29er da Adriana desregular e começar a fazer um barulho de ferro contra ferro.

Paramos para ver o que era e confesso e a fome e cansaço não me deixaram ver que o pivô tinha saído do lugar e estava pegando diretamente no disco. Apenas havia visto que uma peça estava solta dentro do conjunto e decidimos retirar o disco e continuar a viagem apenas com o freio dianteiro.
Igreja em Tapera
Fizemos uma parada estratégica em Tapera para almoço, mais um lugar onde comemos muito bem, na Pousada da Dna. Maria, à direita da Padaria do Tapera (da placa na foto acima). 

Comida mineira, sempre vale um repeteco
Após almoço e um rápido descanso, recobramos a consciência e fomos resolver a situação do freio da Adriana, que já pensava em tomar um ônibus para voltar pra casa. Felizmente, o Preto observou e viu o real problema, que automaticamente nos deu uma luz e conseguimos realizar um reparo que nos deixasse seguir viagem.

Partimos sentido Córregos deixando os paulistas em Tapera, o que seria a última vez que os víamos. Chegamos em Córregos por volta das 16h, cansados procurando lugar para dormir. Só havia uma pousada e com os quartos reservados, 3 para um grupo de paulistas e um para um casal carioca (?). 

Assim, o único jeito seria continuar até Conceição do Mato a Dentro, que seriam menos de 25km. 

Adriana, demonstrava sinal de muito desgaste físico, Miura cairia sob qualquer lugar coberto eu também já estava quase jogando a toalha, mas mesmo assim injetei o plano de chegarmos lá mesmo que pela noite.

Curiosamente, foi o fim de tarde mais bonito de toda a viagem, na minha opinião, com boa luz para fotos a estrada era tranquila, vários animais (além de nós), registrei várias fotos e vídeos. Em determinado momento, para puxar a todos, imprimi um ritmo mais forte e me empolguei, mas logo fui alcançado. 
Novas subidas vieram, não tão duras como as do início do dia, mas nosso cansaço era bem aparente. 
Nossa média caiu de forma monstruosa e com ela a noite. Assim foi, Segundo Ciclotour Night Biker por estrada de terra até chegar no asfalto, movimentado de tanto carro de mineradoras, que deixava apenas 15km para cumprir até Conceição de Mato Dentro.

Combinação perfeita para os amigos de 29ers, asfalto e um falso plano em declive. Rapidamente me jogaram na frente do pelote por não ter lanternas traseiras e giramos muito até chegarmos na cidade.
Esse dia teve um ar de superação
Cidade tomada de funcionários de mineradoras, hotéis e pousadas lotados, até que encontramos uma pousada, fora dos padrões financeiros encontrados nos dias anteriores, mas valeu muito a pena pagar mais caro!

Mais uma vez, tratamos de jantar, tomamos uma cerveja para comemorar o feito de quase colocar o cronograma em dia, parabenizamos Adriana, pois vimos a superação em pessoa. Ela mudou muito no trecho de 30km, onde ela parecia que não iria conseguir e no final chegou com uma certa segurança de poder pedalar mais alguns se fosse preciso.

Devido a grande procura, não ficamos no mesmo hotel. Adriana ficou no hotel onde funciona o restaurante e nós fomo para uma outra unidade, algumas quadras mas acima.

Durante o jantar, Adriana decidiu que não nos acompanharia pelo problema mecânico e por estar mito cansada. Essa decisão nos deixou surpreso, ainda mais depois da demonstração que ela nos tinha dado.

Mesmo assim, decidimos aguardar até a manhã seguinte se seria realmente a decisão final dela.

Até

Dados Garmin

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