domingo, 9 de maio de 2010

CICLOVIAGEM DE FÉRIAS 340km

Domingo 25/04
Após ver e revisar, por várias vezes,  tudo que levaria para a 'viagem' chegou a hora de despachar a bike para o busão, onde ela ficaria escondida...E, como o supervisor do grupo de trabalho, para o qual meu amigo faz o serviço de transpote, estaria a bordo, tive que buscar uma outra alternativa para encontrar com a bike e bagagem em Itaguaí as 7hs. coisa que resolví saindo de casa às 4hs da manhã (haviam rumores de greve de ônibus) e pegando um bus até Itaguaí.

Segunda 26/04
Já no local e hora como combinado, peguei a bike completinha e começamos nossa 'viagem', rumo à Ilha Bela...5 dias sozinho, tendo que desenvolver a capacidade de estar só e superando limites físicos, mentais e emocionais.

Antes de partir efetivamente, agradecí ao amigo e paguei um café e peguei a digital para registrar o momento, quando reparei que, apesar de todas as revisões de equipamentos, as pílhas da digital não se encontravam alí!!!! O jeito foi registrar com a máquina subaquática mesmo que adquirí para este passeio, e ao ver a revelação, ficou apenas uma mancha escura... (técnicas de câmeras com filme são diferentes).

Bom, segui logo as 7hs em ponto rumo à Angra, que apesar das subidas, consegui uma média de velocidade de 25km/h. Talvez tenha sido pela empolgação e o descanso de uma semana sem pedal.

Ao chegar em Angra, tratei logo de providenciar pilhas para a digital e meu mp3, foi duro em determinados trechos, ficar sem ouvir um sonzinho para dar uma distraída nas subidas... que por outro lado, foi bom não estar com os fones pois até Angra estava muito movimentado... outra coisa que senti necessidade foi o espelho retrovisor que foi também foi providenciado em Angra.
Havia feito uma previsão de parada na casa da minha tia em Angra, mas como estava bem fisicamente, resolvi seguir viagem, para Paraty.
Vista do Morro da Carioca, incidente com vítimas fatais duranbte a virada do ano 2009/2010
Bom, lembranças ruins de lado, vamos seguir viagem porque temos muita estrada pela frente.
O grande lance de pedalar pela Rio x Santos é poder saborear os diversos aromas dos diferentes verdes, sentir o frescor de cada sombra mesmo pedalando sobre um asfalto que dá sensação de 46º com sol a pino e a chance de vislumbrar as paisagens que passam de forma contínua e, mesmo que sejam parecidas, sempre têm-se uma identificação diferente aos olhos.
Sempre que começava a subir alguma ladeira, morro ou sei lá o que, ficava imaginando que a vista poderia ser melhor, afinal "vê melhor quem vê de cima", e ainda o melhor, como tudo que sobe tem de descer, sempre tinha a descida!
Sempre curtindo o visual que se modificava a todo instante.
Entre uma foto e outra da paisagem, um auto-retrato pra dar uma conferida na careta
E vamos de estrada
Placa enganadora para quem não sabe das distâncias, como se não conhecesse essa região
Apartir desta placa, até Paraty, seria algo em torno de 80~90km.
Eis mais um caso de imprudência, se beber não vôe!
Uma fazenda na beira da estrada ou uma estrada no meio de uma fazenda (sempre me pergunto isso).

Uma foto para constatar o ótimo estado de conservação da Rio Santos, sem falar do acostamento que está até aqui uma beleza, salvo nos pontos de obras de retenção de barreiras.
Após 6 horas de pedal, já estava ficando sem água e com fome de algo com mais consistência, pois o gel de carbo são ótimos para evitar a fadiga muscular, mas não sacia a fome.

Parei em um posto de gasolina no Frade, onde tomei 700ml de vitamina de açaí com bananas e granola e um X-picanha bem elaborado, altas recomendação para a menina que fo ez, afinal, um desarranjo intestinal não seria benvindo.

Aproveitei a parada para retornar algumas ligações e dar notícia para a família que não falava desde a noite anterior e segui meu caminho, sempre com belas placas que indicavam subidas.
Somente no posto onde me alimentei, fui informado que a água encontrada ao longo da estrada é potável e extremamente confiável e que na maioria das vezes em distâncias de 3km de uma bica à outra. Claro que parei de comprar água (3l) e ficar bebendo água quase quente pelo caminho... conferi essa garantia de água fresca...
Refrescado, estrada.
Paisagens de DAR fôlego... maior vontade de descer, dar uma 'caída' e voltar pra estrada... mas como me conheço, uma simples 'caída' naquela água verde-esmeralda duraria no mínimo 3 horinhas.
Dica: este local fica próximo da Usina, ao passar pelo viaduto, existe uma estradinha de paralelepípedo, e quem passa a 80km/h na estrada não vê!
Por isso que a Rio Santos deve estar impecável, se der merda aqui, TODOS deverão ter condições de evacuar para o mais distante possível.
Condomínio Praia Brava, bem próximo da Usina.
 Mais um ponto para refrescar a cabeça...

No ciclocomputador, a temperatura estava 43º
 
Enfim, MAMBUCABA  um lugar que ainda não conhecia, mas me prometia isso sempre que passava de carro por aqui... parei e pensei o porque não havia colocado este local como ponto de pernoite... mas entrei para conhecer
E pra quem não conhece:
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Mambucaba é um distrito do município de Angra dos Reis, no litoral da região Sul Fluminense, estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Inicialmente era composto apenas pela Vila Histórica de Mambucaba, popularmente conhecida como Mambucabinha, tendo atualmente em sua área as localidades de Praia Brava (administrada pelas Centrais Nucleares Almirante Álvaro Alberto, Praia Vermelha e o bairro Parque Mambucaba (antigo Perequê), todas no município de Angra. Dá nome também às Vilas Residencial e Operária de Mambucaba, já no município de Paraty.

Em seu litoral há a praia de mesmo nome, dividida pelo Rio Mambucaba em dois trechos (o primeiro, angrense, com cerca de 500 metros e o segundo, paratiense, com cerca de 2 quilômetros.
O acesso é pela rodovia Rodovia Governador Mário Covas (Rio-Santos).

Dados Gerais 

Atualmente, a sua mais antiga vila é ponto de veranistas que vêm de outras regiões do Sul Fluminense, da cidade do Rio de Janeiro e do estado de São Paulo, possuindo cerca de 700 habitantes fixos (alcançando aproximadamente 10000 visitantes no Verão), mantendo boa parte do casario colonial que lhe fez famosa.

Diversos bares e restaurantes fazem com que a noite em Mambucaba esteja sempre agitada nos meses de Verão.
Sua infra-estrutura teve grandes melhorias nos últimos anos, tendo praticamente todas as ruas recebido calçamento e iluminação pública. Um posto de saúde e uma escola também são oferecidos à população local pela prefeitura angrense.
Existem ainda com esse nome duas vilas residenciais mantidas pela empresa de energia estatal Eletronuclear, para empregados da Usina nuclear de Angra dos Reis, bem como o distrito onde se situa esse povoado.

História

Essa vila, onde já existiu um importante porto exportador de café e importador de escravos, além de um vice-consulado francês nos séculos XVIIIe XIX, tem como topônimo o mesmo nome do rio que junto a ela encontra o mar, tendo sua nascente no estado de São Paulo, dentro do Parque Nacional da Serra da Bocaina, rio este que marca a divisa dos municípios de Angra dos Reis e Paraty.
O nome, de origem indígena, tem significado controverso. Alguns afirmam que deriva de mambuca, uma pequena abelha sem ferrão mais conhecida como "japurá" (ou abelha-cachorro), abundante na região. Alguns outros que se refere a uma planta muito abundante ali.
Há ainda outros que defendem significar passagem. Esta última interpretação busca origem no fato de que margeando o rio temos um caminho que já era utilizado pelos índios da região como meio de ligação com o planalto paulista. Este caminho chegou a ter longos trechos calçados, utilizando mão-de-obra escrava, para o escoamento da produção cafeeira dos ricos barões, como o de Bananal, estabelecidos no planalto, na cidade de mesmo nome.
Há relatos de época sobre a resistência dos índios, que utilizavam o lugar como local de coleta de alimentos, diante da ocupação pelos portugueses no século XVI, segundo estes relatos os índios permaneceram na margem sul do rio e dali atacavam com freqüência os portugueses que se instalaram na margem norte (local da atual vila). Os portugueses eram obrigados a manter vigilância diuturna diante da ameaça.
Os europeus persistiram no local e ainda no século XVI, estabeleceram ali um importante ponto de caça a baleia para produção de óleo. Cabe salientar que estes locais eram de tamanha importância para o Reino português que seu estabelecimento só se dava com autorização do próprio rei.
A vila ganhou um casario significativo durante a época aúrea do café, tendo até um teatro, uma igreja dedicada à Nossa Senhora do Rosário e razoável e variado comércio. Com a decadência do porto, após a ligação ferroviária entre São Paulo e Rio em 1872, passou por décadas de abandono e letargia econômica.
Em 1968 foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional — IPHAN, sendo um dos raros sítios históricos brasileiros que foram tombados em sua totalidade, não somente as edificações, mas o traçado urbano e equipamentos referentes à ocupação do local.
A abertura da rodovia Rio-Santos no início da década de 1970 chegou a ameaçá-la, gerando vários protestos de movimentos culturais da sociedade civil em Angra dos Reis. Nessa década ainda foi desativada a subdelegacia policial lá existente.
Nas décadas seguintes, com a chegada da energia elétrica (1984), rede de água potável e calçamento de suas ruas, o turismo de veraneiro se estabeleceu como a principal fonte de desenvolvimento local.



***

Pousada legal onde fiquei
Vista da janela do quarto
Despedida de mambucaba

CONTINUA!

2 comentários:

  1. Legal a viagem. Depois vamos conversar mais sobre ela. Penso em fazer algo parecido. Abraço.

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  2. Só uma correção. Conhecida popularmente depois da chegada da Usina Nuclear que usou erroneamente o Nome Mambucaba para a Vila Residencial (Praia da Batanguera).
    Sendo assim, pode ser popular mas, totalmente não aceita pelos moradores de Mambucaba.
    Então, dê preferência em falar em seu Blog (por favor) Mambucaba e, Praia da Batanguera a fim de melhor instruir os aficcionados em Bicicloturismo.
    Parabéns pelas postagens, pelo Blog e, por sua iniciativa ciclística. Muito bom.
    Abraços.

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