Quinta, dia 14 de Agosto.
Vista |
Acordamos cedo e dispostos para muitos quilômetros de pedal.
O dia amanheceu nublado e assim teríamos um alívio da ação do sol.
Tudo pronto, seguimos para o restaurante tomar o café e abastecer de água.
Tomamos o café e pra nossa surpresa, não tinha água.
Começamos nosso pedal diferente, ao invés de procurar o ponto de partida, começamos procurando por água. Procuramos um mercado aberto as 8h da manhã, e como teríamos que seguir pelo mesmo caminho da busca da água, fomos bem devagar.
Miura saindo da pousada |
Neste momento, senti uma coisa atingir meu olho esquerdo, pois estava sem óculos, talvez por não ter começado o pedal efetivamente. A ação que fiz foi a comum que todo mundo faz, dei aquela coçadinha pra tentar sacar o objeto e pronto.
centrinho de Prados |
Compramos a água e localizamos o local de partida.
Ponto de partida |
O ponto de partida fica do outro lado da cidade, pra quem não tiver o senso de orientação pode perder muito tempo na pequena cidade cheia de ruas.
Mesmo com o olho doendo muito seguimos o pedal, que rendia absurdamente bem melhor após o descanso do dia anterior. A dor chegou ao ponto de incomodar tanto, que nem fotos sentia vontade de tirar, mas mesmo assim, sempre que via uma placa de referência ou algo de interesse sacava a câmera e registrava, sem olhar se o resultado era o esperado.
Placas |
Esse dia também ficou marcado pela quantidade de carreira que tomamos de cachorros, muitos mesmo.
E assim foi por vários quilômetros e vilarejos. Passamos por Bichinho, que é rica em artesanato, depois Tiradentes, onde comprei um colírio pra tentar aliviara dor, Santa Cruz de Minas, onde comprei um tampão de olho para amenizar o incomodo e mais adiante São João del Rey, onde almoçamos e recorri ao atendimento médico.
Chegada em Bichinho |
Um dos milhares de atelier da cidade |
Museu do automóvel da ER |
Igreja em Tiradentes |
Primeiro Marco de toda ER |
Santa Cruz de Minas |
Pedalava com fluidez, porém sem o prazer e admiração dos dias anteriores por conta dor que ora ficava aguda ora fazia lacrimejar até o outro olho.
Após o almoço, que nem comi direito, apesar da gostosa comida bem preparada, típico de cidade grande, descobri que a Santa Casa era bem próximo de onde estava. Assim, deixei o Miura almoçando e fui atrás de ajuda médica.
Lá, fui rapidamente atendido. Olho teve o devido cuidado, com uma lavada com soro e limpeza dos restos de alguma coisa que a médica não pode identificar. Duas gotinhas de antibióticos e estava me sentindo novo em folha, enxergando tudo.
Miura já estava a minha espera e seguimos para nosso roteiro.
Procurando o ponto de saída de São João del Rey, fomos abordados por um mototaxista que também era cicloturista e que nos deu ótimas atualizações sobre o caminho que enfrentaríamos pela frente. Ele nos indicou seguir pela BR até o vilarejo de Rio da Morte, depois seguir a ER.
Pedal rendendo, eu enxergando, estava tudo perfeito. A estrada, estava com o sistema de Pare-Siga, pois um trecho estava em obra, o que nos dava alguns minutos de refresco, de pedalar na estrada sem carros vindo em nosso encontro.
Partiu São sebastião |
Miura começou a sentir o cansaço, então decidimos seguir pela BR mesmo até São Sebastião da Vitória. Se no dia seguinte o calor estava castigando, este dia o frio era de doer. Quando parava para fazer foto ou esperar o amigo, logo sentia frio intenso. Se pelo asfalto a altimetria era intensa, nem imagino como seria seguir pela ER.
Balneário |
Chegou |
Chegamos na única pousada da cidade, que estava fechada sob um frio intenso. Tremendo de frio, liguei para os telefones e na última tentativa a dona atendeu e veio nos receber após quase 20 minutos.
Nos instalamos na humilde pousada, já esperando pelo que seria a noite mais fria da viagem. Logo o olho também começou a se pronunciar em dores, o que imaginei ser do efeito do remédio passando e como a médica mandou apenas lavar com colírio, pensei que pudesse ser por conta da irritação.
Aguardando pra entrar na pousada |
Fomos jantar num buteco beira-de-estrada, onde vários caminhões estavam parados e surpreendentemente foi a comida mais gostosa do caminho.
Após o jantar, fomos pra pousada pra descansar na noite que seria a mais incômoda de todas, mas só no próximo post...
Até
Dados do GPS AQUI
Distância:58,04 km
Tempo:8:14:41
Veloc. Média:7,0 km/h
Ganho de elevação:646 m
Calorias:1.798 C
Temperatura Méd.:18,5 °C
Todas as fotos AQUI
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