domingo, 14 de setembro de 2014

Estrada Real 2014 - Dia 04 - Entre Rios de Minas x Lagoa Dourada

Terça, Dia 12 de Agosto.


Terra do Campolina
Ainda irão perceber pelas fotos ou pelos relatos que, apesar de ser "um moço da cidade", trago comigo o sentimento ruralista semeado por minha adorável avó, Dona Rosalina. Enfim, pode não parecer, mas sou telespectador assíduo dos canais que transmitem informes rurais e com isso, confesso que sempre ficava impressionado quando passava 'na portinha' das grandes fazenda, haras, estâncias e afins que tinha conhecimento através destes canais... quase emocionado. Quem sabe um dia eu não consiga uma casinha no campo pra plantar minhas verdurinhas e alimentar minhas galinhas...

Deixamos Entre Rios de Minas -  Berço da Raça Campolina (Vide site da Associação Brasileira dos Criadores - bem cedo por uma rodovia bem sinalizada e ainda calme de movimento de carros. 
Miura e o radar
Lembrei que nesta rodovia tinha um restaurante/bar onde vendia um pão de queijo recheado, que nunca vi igual e queria experimentar.
não rolou!!
 Nessa rodovia,  tinha uma placa que indicava que este restaurante estava a 3,5km à frente. Começamos a fazer planos, apesar do belo café da manhã que tomamos na pousada... ledo engano, menos que 1km dos nossos planos, saímos da rodovia e adentramos uma estradinha de terra, bem charmosa! Fazer o que? deixa pra próxima (de carro quem sabe!).
Bela estrada, como muitas em Minas
Como sempre, um sobe-desce com belo visual, assim fomos sentindo Casa Grande, onde Miura já tinha anotado que havia um boteco da dona Maria e valeria a pena almoçar lá.

Muito chão, bom pra pedalar!
Descidas alucinantes que faziam a Elite30 fluir a mais de 60km/h seguidas de longas subidas para aquecer as pernas...muito bom!

olha o visú
Miura, meu navegador oficial
Miua sempre de olho nos dados (Celular/GPS e Anotações), virou meu navegador oficial, e pelo visto eu virei seu fotógrafo, de 200 fotos/dia 150 ele está em destaque.

Do nada, a cada quilômetro a ER nos revela uma imagem a registrar, 
Belo sítio
e não demorou muito para o Miura me alertar uma coisa que já sabia, a trilha com charco que passa em uma fazenda antes de entrar em Lagoa Dourada. Como ainda estávamos na metade do caminho, nem liguei no momento para o trecho que sabia que seria considerado  "o boi chupando cana".
Ilustrando o trecho mais difícil - O boi chupando cana!
Entre estradas e paisagens, chegamos em Casa Grande, apenas mais um vilarejo...que nada! Era o lugar onde o Miura queria almoçar...na pensão da Dna. Maria, mas infelizmente apenas encontramos o bar do Seu Zé, bem em frente de uma escola e todos os professores pelo visto almoçam ali.

Me dei o luxo de tomar uma cerveja, que estava gelaaada, e refrescar o calor que fazia.


Nosso abastecimento
Comida ótima, mas segundo meu parceiro, estava fria, mas também achou muito saborosa. 

Após essa maravilhosa refeição, partimos para o que seria a segunda pernada do dia e muitas subidas estavam inseridas, além da tão questionada trilha da fazenda que nos levaria até Lagoa Dourada.
Miura preparando para tirar sua foto para windows
Passamos por algumas fazendas renomadas de diversas criações como jegues, jumentos, cavalos, vacas de corte e suínos, além de algumas fábricas de beneficiamento e rações.
Miura e Estrada Real...
Logo, após alguns esforços, chegamos na estrada, onde para esquerda, seguiríamos direto para Lagoa Dourada, pela direita, seguiríamos estrada abaixo até a fazenda onde pegaríamos a trilha. 
Fábrica de ração, após o muro a estrada
Neste ponto, iniciou um impasse, provocado pela informação errada no marco. Miura, querendo descer direto para Lagoa Dourada, pois seria o caminho do carro e para aqueles que não quisessem passar pela trilha, porém, segundo a planilha, ainda haveria um marco, onde, deveríamos realizar este procedimento antes da trilha. Eu queria descer até a trilha, acreditando que não seria aquele ponto, não queria acreditar no erro do IER, e o Miura queria seguir direto para Lagoa Dourada, pois já começava a mostrar sinais de cansaço.

Mesmo cansado ele aceitou minha ideia de descer até a trilha. Descemos mais 2km da estrada e saímos sentido a uma fazenda por uma estrada de terra e continuamos a descer, até que chegamos no marco que indicava o início da trilha... e, ficamos pasmos ao ver o estado de trilha que teríamos que encarar.
Início da trilha, pela esquerda...
Não acreditando, continuamos a descer a estradinha que nos levou até um estábulo da fazenda. Perguntei ao capataz se havia alguma possibilidade de caminho alternativo por dentro da fazenda que nos levasse até nosso destino ele disse que tinha e era aquela trilha. Já estava me preparando para seguir pela trilha, o Miura idem, quando o Seu Moço disse que tava muito ruim de passar, pois estava batendo na barriga do cavalo.

Bom, diante da dica, resolvemos voltar todo o caminho que descemos até ali e seguir adiante.

Subimos os 4km de volta até a fábrica de ração, e começamos a descer até Lagoa Dourada... mas descer mesmo.
Terra do Rocambole
Alucinados com a informação de que adentramos a Terra do Rocambole, eu só pensava em tomar um banho, jantar e experimentar a iguaria local.... o Miura, na velocidade que desceu, nem sei se pensava em alguma coisa.

Já na cidade, achei um banco e fui sacar, Miura aproveitou para comer seu lanche que preparou na pousada pela manhã...cheio de fome!!

Arrumamos hospedagem em uma pousada com mais de 200 anos, e chegamos justamente no momento em que a dona fazia suas massas de biscoitos. Pelo cheiro da massa em sua mão já imaginei o que teria no dia seguinte...mais fome...

Pegamos nossas chaves e fomos para os quartos e na sequencia de todos os dias foi: banho, lavagem de roupa e saída para jantar.
Antiga escola, hoje pousada
No jantar, só havia dois postos de gasolina, onde serviam comida. Bom, nem pensamos duas vezes. Entramos o primeiro posto que vimos, um ótimo cheiro de comida pairava no lugar... pedimos duas refeições completa e veio um banquete, mais a porção de batatinhas fritas e algumas cervas para completar.

Após a janta, partimos para as rocambolerias, e dentre tantas, escolhemos a mais tradicional de todas, onde degustamos dois sabores e consideramos a hipótese de arrumar uma forma de mandarmos um belo exemplar deste delicioso 'bolo' para o Rio.

Cansados, voltamos para a pousada e dormimos de barriga beeem cheia!

Até

Dados GPS AQUI
Distância:59,98 km
Tempo:7:01:57
Veloc. Média:8,5 km/h
Ganho de elevação:1.294 m
Calorias:2.223 C
Temperatura Méd.:29,6 °C
Todas as fotos do dia AQUI

Um comentário:

  1. Incrível sua evolução de 2009 até esta viagem.
    Parabéns!
    Farei um passeio até Aparecida do Norte e vou contar muito com seu blog.
    Obrigado - Ricardo - Rio de Janeiro.

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